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Líderes do G7 se comprometem a reduzir os super poluentes e cortar o aquecimento de curto prazo

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Reduzindo HFCs, carbon negro e metano corta-se na metade a taxa de aquecimento

Além de se comprometerem a liderarem os esforços para fazer o Acordo de Paris entrar vigor em 2016, a declaração de 27 de maio dos líderes do G7 promete pela primeira vez a cortar o aquecimento de curto prazo por meio da eliminação progressiva de super poluentes de vida curta como carbono negro, metano, e HFCs. Os líderes também se comprometeram a aprovarem uma emenda ao Protocolo de Montreal em 2016 para eliminar progressivamente HFCs. "Os líderes do G7 deram um grande passo a frente em matéria de política climática, comprometendo-se a cortar o aquecimento a curto prazo, reduzindo os super poluentes", disse Durwood Zaelke, presidente do Institute for Governance & Sustainable Development e um especialista em super-poluentes de vida curta.

"Cortando esses super poluentes pode-se cortar a taxa de aquecimento pela metade até meados do século e ainda mais no frágil Ártico", acrescentou Zaelke. "Isso é fundamental para retardar os mecanismos retroalimentares, onde o aquecimento inicial alimenta a si mesma e causa ainda mais aquecimento." Por exemplo, o derretimento sem precedentes do gelo do mar Ártico, um escudo branco que reflete de volta ao espaço a energia solar recebida, acrescentou um outro quarto de aquecimento tanto quanto o dióxido de carbono desde 1979, principalmente no próprio Ártico. Outro mecanismo que se retroalimenta é a migração para o norte do permafrost, onde o solo, que uma vez já foi permanentemente congelado, agora está derretendo e liberando metano retido, o que causa ainda mais aquecimento.

Cortar HFCs no âmbito do Protocolo de Montreal pode fornecer uma mitigação equivalente a até 100 bilhões de toneladas de dióxido de carbono até 2050, e evitar até 0.5C do aquecimento até 2100. Os HFCs são utilizados principalmente como gases refrigerantes.

Melhorar a eficiência energética dos aparelhos de ar condicionado residenciais em paralelo ao abandono do HFCs como gás refrigerador no âmbito do Protocolo de Montreal pode dobrar a mitigação das alterações climáticas, de acordo com cálculos feitos pelo laboratório da Universidade de Berkeley (Lawrence Berkeley National Laboratory), elevando o total para 200 bilhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente. Isso pode poupar energia suficiente para evitar a construção de até 1.600 novas usinas termoelétricas de médio porte até 2030 ou até de 2500 novas termoelétricas até o ano de 2050.

Os líderes do G7 também se comprometeram a promover a inovação e o investimento em energia renovável limpa e eficiência energética para descarbonizar a economia global, eliminar gradualmente os subsídios aos combustíveis fósseis até 2025, mobilizar $100 bilhões de dólares anuais para o fundo do clima anual até 2020, e alcançar o crescimento neutro em carbono da aviação a partir de 2020.

O Fact Sheet da Casa Branca sobre a Reunião do G7 está disponível aqui.

O Primer sobre HFC do IGSD está disponível aqui; O Primer sobre SLCP está disponível aqui.